Uso da internet na PB e chega a 90% dos domicílios
20 de agosto de 2024
Redação

Em 2023, na Paraíba, a internet era utilizada em cerca de 1,3 milhão de domicílios, o que corresponde a 90% dos domicílios então existentes no estado, de acordo com o módulo de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD C). As informações, divulgadas nesta sexta-feira (16), pelo IBGE, apontam que a proporção paraibana superou a observada na média do Nordeste (89,1%), mas ficou um pouco abaixo da nacional (92,5%).

Desde o início da série, o indicador estadual cresceu cerca de 27,9 pontos percentuais, uma vez que, em 2016, era de 62,1% (766 mil domicílios). Também houve avanço frente a 2022, quando a taxa era de 87,7% (1,2 milhão de domicílios). Entretanto, o percentual verificado em 2023 foi o 9º menor do país. Já no cenário regional, o indicador paraibano figura na 3ª melhor posição, atrás apenas dos de Sergipe (91,4%) e do Rio Grande do Norte (90,3%).

O tipo de conexão mais comum nos domicílios paraibanos com utilização da internet, era a banda larga fixa (93,7%), seguida pela banda larga móvel (3G, 4G e 5G), que estava presente em 72,7% dos domicílios. A proporção de residências com ambos os tipos de banda larga era de 66,3%, percentual que ficou abaixo da média do Brasil (70,4%), mas acima da média do Nordeste (58,7%).

O rendimento médio mensal domiciliar per capita, nos domicílios da Paraíba em que havia utilização da internet, era de R$ 1.325, cerca de 49,4% maior que o observado naqueles em que isso não ocorria (R$ 887).

Ainda segundo a pesquisa, em 2023, existia algum tipo de dispositivo inteligente em 8,4% (112 mil) dos lares paraibanos em que a internet era utilizada. Tais dispositivos são aqueles que podem ser acessados pela rede, como câmeras, caixas de som, lâmpadas, ar-condicionado e geladeira. A proporção foi menor que as médias nacional (16%) e regional (11,2%), além de evidenciar que, no estado, houve recuo em relação a 2022, quando era de 9,7% (118 mil).

Percentual de pessoas que utilizam a internet na Paraíba mantém tendência de crescimento, principalmente entre crianças e idosos

O percentual de pessoas de 10 anos ou mais de idade que utilizaram a internet, na Paraíba, passou de 83,5%, em 2022, para 85,3%, em 2023, resultado este inferior à média brasileira (88,0%), mas superior à nordestina (84,2%). Desde o início da série da pesquisa, em 2016, quando essa proporção era de 55,4%, houve um aumento de 29,9 pontos percentuais, o que corresponde a cerca de 1,1 milhão de pessoas a mais utilizando a internet.   

Assim como nos cenários nacional e regional, a utilização da Internet, no estado, era mais comum entre as mulheres (87,8%) do que entre os homens (82,7%).

Entre os grupos etários, o maior percentual de uso corresponde às pessoas que tinham de 20 a 24 anos (97,3%); seguidas pelas de: 25 a 29 anos (96,3%); 30 a 39 anos (94,4%); 14 a 19 anos (93,4%); e 40 a 49 anos (90,3%). Os menores percentuais foram verificados nos grupos de 10 a 13 anos (89,0%); 50 a 59 anos (81,8%); e 60 anos ou mais (55,0%).

Na comparação com 2022, houve aumento na participação de pessoas que utilizavam a internet em quase todas as faixas etárias, exceto nos grupos de 14 a 19 anos e de 30 a 39 anos, que recuaram 1,1 e 0,8 pontos percentuais (p.p.), respectivamente.

Entre os grupos que apresentaram avanço, entre 2022 e 2023, dois grupos se destacam. Entre as pessoas de 10 a 13 anos de idade, a proporção das que utilizavam a Internet passou, de um ano para o outro, de 85,1% para 89% – 3ª maior do país, o que corresponde a um avanço de 3,9 pontos percentuais, que contrasta com os recuos observados nos cenários nacional (-0,7 p.p.) e estadual (-1,1 p.p.). Além disso, o resultado estadual de 2023 ficou acima das médias nacional (84,2%) e regional (80,8%).   

O outro grupo que merece destaque é o dos idosos (60 anos ou mais), que registrou a maior expansão (6,3 pontos percentuais) no percentual de pessoas utilizando a Internet, que passou de 48,7%, em 2022, para 55%, em 2023. Esse avanço do indicador estadual foi maior que os observados na média nacional (3,9 p.p.) e regional (4,1 p.p.), além de ter sido o 5º maior do país.

Quanto ao equipamento por meio do qual as pessoas de 10 anos ou mais de idade acessaram a Internet, na Paraíba, em 2023, o celular foi o mais utilizado (99%), seguido pela televisão (42,9%), pelo microcomputador (22,9%) e pelo tablet (5,5%).

A pesquisa mostra também que, em 2023, na Paraíba, ainda havia 511 mil pessoas de 10 anos ou mais que não utilizaram a internet, no período analisado, o que corresponde a 14,7% das pessoas desse grupo etário. E como principal motivo para não o fazer, a maioria dessas pessoas apontou o fato de não saber utilizar a internet (62,6%). A falta de necessidade foi a 2ª razão mais mencionada (16,8%). Na sequência, foram apontados os seguintes motivos: o serviço de acesso à internet ou equipamento eletrônico necessário era caro (14,5%); falta de tempo (1,2%); preocupação com privacidade ou segurança (1,3%); e indisponibilidade do serviço de acesso nos locais que costumavam frequentar (1,3%). Cerca de 2,3% indicaram outros fatores.

Proporção de domicílios equipados com aparelho de rádio cresce na Paraíba, apesar da queda observada no Brasil e no Nordeste 

A Paraíba registrou, em 2023, o 2º maior percentual do país de domicílios dotados de aparelho de rádio (67,3%; 995 mil domicílios), atrás apenas do verificado no Rio Grande do Sul (68,7%), além de ter ficado bem acima das médias do Brasil (52,5%) e do Nordeste (50,7%). Chama a atenção também o fato de que, entre 2022 (64,9%) e 2023, o percentual paraibano cresceu 2,4 pontos percentuais, em movimento contrário à queda observada nos cenários nacional (- 4,0 p.p.) e regional (- 4,2 p.p.).

A pesquisa mostra também que, em 2023, 93,6% dos domicílios paraibanos dispunham de aparelho de televisão, o que corresponde a cerca de 1,3 milhão de domicílios. No entanto, apenas 26,8% desses domicílios tinham acesso a serviço pago de streaming de vídeo conforme a PNAD Contínua TIC. A proporção foi a 3ª menor do país, maior apenas que as constatadas no Piauí (23,6%) e no Maranhão (25,6%). Além disso, foi bem inferior à média nacional (42,1%), ficando abaixo também da média regional (28,2%).

A Paraíba se destacou também no quesito relacionado ao acesso a serviço de TV por assinatura, apresentando o menor percentual do Brasil de domicílios equipados com aparelho de televisão, em que havia acesso a tal serviço. A proporção, que era de 10,5% em 2022 e caiu para 9,1% em 2023, foi a menor do país e corresponde a menos da metade da observada na média brasileira (25,2%), além de ter sido inferior à média nordestina (14,2%).

Os principais motivos apresentados, no estado, para o não acesso ao serviço de TV por assinatura foram o de que “não havia interesse pelo serviço” (48,3%) e o de que o “serviço era caro” (42,2%). Em 0,6% dos domicílios foi alegado que o “serviço não estava disponível na área do domicílio”. Nos demais 9,0%, foi indicado “outro motivo” como causa.

Outro indicador trazido pela pesquisa é a proporção de domicílios em que o serviço de rede móvel celular funciona para Internet ou telefonia. Na Paraíba, esse percentual foi de 90,8%, em 2023, avançando 0,7 pontos percentuais em relação a 2022, ano em que havia sido de 90,1%.

Por outro lado, após a alta observada entre 2021 (26,2%) e 2022 (28,2%), o percentual de domicílios paraibanos com microcomputador ou tablet voltou a declinar em 2023, caindo a 27%. Entre 2016 e 2021, a proporção caiu de 37,7% a 26,2%, o que corresponde a uma queda de 11,5 pontos percentuais. Por sua vez, o percentual de domicílios paraibanos onde não havia nenhum desses equipamentos foi de 73%, em 2023, a 9ª maior taxa do país, inferior à média regional (73,7%), mas bem superior à média nacional (59%).   

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