A internet era utilizada em 87,7% dos domicílios situados na Paraíba, em 2022, de acordo com o módulo de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD C). O aparelho de televisão estava presente em cerca de 94,2% dos domicílios paraibanos. Porém, somente em 26,2% desses havia acesso a serviço pago de streaming de vídeo, em 2022, conforme a PNAD Contínua TIC. A proporção foi a menor do país, bem inferior à constatada na média nacional (43,4%). Esse indicador parte de um novo quesito, incluído na última edição do levantamento.
Além disso, o estado também apresentou o menor percentual, entre todas as unidades da federação, de residências, com televisão, em que havia acesso a serviço de TV por assinatura. A proporção de 10,5% corresponde a menos da metade da observada na média brasileira (27,7%) .
Nesses casos, o principal motivo apresentado, no estado, para a ausência desse serviço foi o de que não havia interesse (54%), razão que ganhou força no comparativo com 2016 (42%). Em seguida. estavam “era caro” (35,9%) e a indisponibilidade na área do domicílio (0,9%). Aproximadamente 9,3% indicaram outro fator como causa.
Por outro lado, a Paraíba registrou o 2º maior percentual do país de lares em que havia aparelho de rádio (64,9%), atrás apenas do verificado no Rio Grande do Sul (71,6%). Em 2022, ano de referência da pesquisa, o rádio completou 100 anos no país.
As informações, divulgadas nesta quinta-feira (09), pelo IBGE, apontam que a proporção paraibana foi similar à observada na média do Nordeste (87,8%), mas ficou um pouco abaixo da nacional (91,5%). Em cinco anos, o indicador estadual cresceu cerca de 18,5 pontos percentuais, uma vez que, em 2017, era de 69,2%. Também houve avanço frente a 2021 (84,3%). Apesar disso, o percentual verificado em 2022 foi o 7º menor do país, acima somente dos constatados no Acre (83,9%); Maranhão (85,6%); Piauí (86,4%); Amazonas (86,4%); em Pernambuco (86,4%); e no Pará (87,6%).
Nos lares paraibanos em que havia utilização da internet, o tipo de conexão mais presente era a banda larga fixa (91,3%), enquanto a banda larga móvel, que é referente a 3G, 4G e 5G, era comum a 66,9%. As residências com banda larga fixa e móvel representavam 58,2%, número inferior à média do país (67,8%), mas superior à da região (55,3%).
O rendimento médio mensal domiciliar per capita, nos domicílios da Paraíba em que havia utilização da internet, era de R$ 1.143, cerca de 55,3% maior que o observado naqueles em que isso não ocorria (R$ 736).
Ainda segundo a pesquisa, em 9,7% dos lares paraibanos em que a internet era utilizada, existia algum tipo de dispositivo inteligente, ou seja, que poderia ser acessado pela rede, como câmeras, caixas de som, lâmpadas, ar condicionado e geladeira. A proporção foi menor que a média nacional (14,3%).
A falta de necessidade foi a 2ª razão mais mencionada (16%), à frente de o serviço de acesso ou equipamento necessário era caro (13,8%); falta de tempo (2,1%); preocupação com privacidade ou segurança (1,5%); e da indisponibilidade do serviço de acesso nos locais que costumavam frequentar (0,8%). Cerca de 3,1% indicaram outros fatores.
Já a proporção de pessoas, de 10 anos ou mais de idade, que utilizaram a internet, no estado, no período investigado, foi de 83,5%, abaixo da média brasileira (87,2%). O uso era mais comum entre aquelas que tinham de 20 a 24 anos (96,8%); seguidas pelas de: 25 a 29 anos (95,3%); 30 a 39 anos (95,2%); 14 a 19 anos (94,5%); e 40 a 49 anos (87,1%). Os menores percentuais foram constatados nos grupos de 10 a 13 anos (85,1%); 50 a 59 anos (78,2%); e 60 anos ou mais (48,7%). Na comparação com 2021, todas as faixas etárias apresentaram aumento na participação de pessoas que utilizavam a internet.
Junto a essas pessoas de 10 anos ou mais que acessaram a internet, o celular foi o principal equipamento utilizado para isso (99,2%), seguido pela televisão (37,9%); pelo microcomputador (24%) e pelo tablet (5,6%).
Por sua vez, aquelas de 10 anos ou mais que não utilizaram a internet, na Paraíba, no período analisado, apontaram como principal motivo o não saber acessar a rede (62,6%).