O Serpro, empresa de TI do Governo Federal e maior estatal de tecnologia do mundo, anuncia o lançamento de uma infraestrutura em nuvem com gestão totalmente brasileira, projetada para atender às necessidades específicas do Estado e garantir a segurança dos dados sensíveis do setor público nacional.
A solução é uma resposta imediata do Serpro à Portaria SGD/MGI nº 5.950, publicada no dia de 26 de outubro de 2023, e vem para auxiliar os órgãos do Poder Executivo Federal a se adequarem ao novo marco legal. O documento, que estabelece o modelo de contratação de software e de serviços de computação em nuvem desses órgãos, determina que os dados tratados em ambiente de nuvem devem ser armazenados em data centers localizados em território brasileiro.
Ainda segundo essa portaria, devem ser mantidas em ambiente de nuvem de governo cargas de trabalho que tratem informação com restrição de acesso prevista na legislação, a exemplo de: sigilo fiscal, bancário, comercial, empresarial, contábil, de segredo industrial, de direito autoral, de propriedade intelectual, industrial, policial, processual civil, processual penal e disciplinar administrativa.
O documento também estabelece que as contratações de serviços utilizados em sistemas estruturantes devem utilizar somente os modelos de implementação de nuvem privada, de nuvem comunitária ou de nuvem de governo, desde que restritas às infraestruturas de órgãos ou de entidades (conheça os tipos de nuvem no box ao final da matéria).
Nuvem de Governo
Chamada de Nuvem de Governo, a solução oferece uma série de vantagens estratégicas para organismos públicos, com destaque para a garantia de soberania nacional, uma vez que os dados são mantidos integralmente dentro das fronteiras do país, nos data centers da estatal. Isso elimina riscos associados à transferência internacional de dados e assegura total conformidade com as regulamentações nacionais.
“A Nuvem de Governo é mais que um avanço tecnológico, é um marco para a soberania do país. Estamos oferecendo a maior infraestrutura do tipo no Brasil. É uma nuvem do Serpro para o Estado, de governo para governo”, destacou Alexandre Amorim, diretor-presidente do Serpro.
De acordo com Amorim, essa é solução ideal para os órgãos que desejam focar na sua atividade fim, transferindo sua gestão de infraestrutura de TI para o maior provedor de nuvem de governo. “Ao criar um centro de dados virtual na nuvem, o cliente transfere os gastos de investimento para o custeio, substituindo o custo total de propriedade pelo do provedor de nuvem. Isso significa racionalização de gastos, já que não mais precisa prever suas necessidades de maneira fixa e passa a pagar apenas pelo que usa”, explica.
“Nosso objetivo é proporcionar uma gestão de TI mais ágil e focada. Um órgão de saúde, educação ou finanças, por exemplo, não precisa se preocupar com aquisições e gestão de hardwares e softwares. Ele pode deixar essa parte com a gente e concentrar sua energia naquilo que faz melhor, que é a gestão pública e o atendimento ao cidadão. E pode fazer isso com a confiança de que será suportado pela maior empresa pública de TI do mundo, com garantia de segurança, soberania e privacidade para seus dados”, completa Alexandre Amorim.
Explicando os tipos de nuvem A computação em nuvem transformou a maneira como são armazenados e processados os dados, oferecendo diferentes modelos de implantação para atender a diversas necessidades. Aqui estão os tipos de nuvem explicados conforme a Portaria SGD/MGI nº 5.950: Multinuvem (Multicloud): Esta abordagem envolve a utilização de serviços de mais de um provedor de nuvem pública. Isso permite aproveitar as vantagens de diferentes provedores para otimizar desempenho, custos e segurança. Nuvem comunitária: Modelo exclusivo para um grupo específico de órgãos e entidades com requisitos comuns. Os serviços são compartilhados dentro deste grupo e pelo menos um membro tem controle sobre os recursos. O uso de recursos de nuvem pública é permitido apenas sob condições de isolamento lógico e físico. Nuvem de governo: Esta é uma infraestrutura de nuvem privada ou comunitária administrada exclusivamente por órgãos ou empresas públicas. É ideal para entidades governamentais que precisam de um controle rigoroso sobre seus dados e serviços. Nuvem híbrida: Combina infraestruturas de nuvem distintas (privadas, comunitárias ou públicas) mantendo suas características individuais. Elas são conectadas por meio de tecnologias padrão que permitem a interoperabilidade e portabilidade de dados e serviços. Nuvem privada ou interna: Esta infraestrutura é dedicada exclusivamente ao uso de um órgão específico. Pode ser de propriedade do órgão ou de empresas públicas. O uso de recursos de nuvem pública é possível, desde que haja isolamento lógico e físico. Nuvem pública ou externa: É uma infraestrutura aberta para uso por qualquer organização. Pode ser gerenciada e possuída por órgãos públicos, empresas privadas ou uma combinação de ambos. É caracterizada pela sua ampla acessibilidade e escala. Cada tipo de nuvem oferece diferentes vantagens e limitações. A escolha por uma delas depende das necessidades específicas de segurança, escalabilidade e gestão de cada organização ou entidade. |