A China é o maior parceiro comercial do Brasil pelo 13º ano consecutivo, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Em 2022, as trocas comerciais entre os dois países alcançaram níveis recordes, a soma das importações e exportações atingiu US$ 150 bilhões.
Além disso, dentre as 27 unidades da Federação, 14 tiveram o país asiático como seu principal destino de envios de produtos. Para o especialista em importação, Rodrigo Giraldelli, a tendência é que esse número aumente ainda mais em 2023. “Os produtos são produzidos em massa, por isso são mais baratos e isso naturalmente aumento o consumo dos brasileiros.
Além disso, a China tem feito produtos cada vez melhores. Outro ponto é que houve investimento em infraestrutura necessária para aumentar a produtividade”. A China é o país que mais compra produtos do Brasil, especialmente na área de agronegócio, proteína animal e minério de ferro.
Os países ainda vivem o impacto da pandemia e a vantagem comercial do Brasil sobre a China recuou no ano passado.
Outro fator que pode aumentar os números de importações da China, é que o Banco Central do Brasil (BCB) e o Banco Central da China (People’s Bank of China ou PBC) assinaram um Memorando de Entendimentos para aperfeiçoar a cooperação em serviços financeiros relacionados ao mercado e negócios em renminbi (RMB) – nome oficial da moeda chinesa, mais conhecida pelos brasileiros como yuan.
Esse acordo permite que as operações comerciais entre os países dispensem a liquidação via câmbio – usando o dólar – fazendo diretamente de reais para yuan. A parceria tem previsão para começar em julho de 2023 e será mediada por uma instituição autorizada pelo governo chinês a atuar no sistema econômico do país.
Os importadores e exportadores brasileiros, que agora poderão fechar o câmbio diretamente convertendo de reais para a moeda chinesa, podem adquirir benefícios em dois aspectos. “Quem transaciona esse dinheiro cobra uma taxa para fazer isso e um percentual em cima da transação financeira. São basicamente duas transações financeiras, as duas com uma cobrança de taxa e de percentual, o que encarece a transação. Fechando de reais para yuan, o importador terá apenas uma transação, o que deve baratear a operação”, comenta Rodrigo.
Simultaneamente, houve aumento de importação de produtos da China em comparação com o que era antes da pandemia. Os itens chineses são as principais compras de fora do país para o maior número de Estados. “No caso das exportações, o principal destino para Estados brasileiros é a China. Também era antes. Portanto, a mudança que houve foi favorável ao país asiático”, argumenta o CEO da China Gate.
Sobre Rodrigo Giraldelli, da China Gate: @rodrigogiraldelli
Formado em Administração de Empresas e Economia, o paranaense Rodrigo Giraldelli é um dos pioneiros na importação de produtos da China para o Brasil. CEO da China Gate, empresa especializada em consultoria e educação sobre importação, Rodrigo auxilia comerciantes que desejam ampliar sua margem de lucro com produtos do país asiático.
Além da consultoria, Rodrigo também ministra cursos on-line para ensinar empreendedores sobre o ofício. Com profundo conhecimento em marketing digital, Giraldelli publica, semanalmente, conteúdos nas redes sociais (@chinagatebrasil) e em seu canal do Youtube sobre importação.