O Banco Central do Brasil divulgou nesta quarta-feira (31) um novo relatório que detalha sobre a digitalização das transações financeiras no país. Os dados mostram que o Pix ultrapassou os cartões de crédito e débito e passou a liderar o volume de operações em 2022.
De acordo com o BC, o Pix já é responsável por 29% das transações feitas no Brasil. Com isso, a ferramenta superou, pela primeira vez, o volume das compras e transferências realizadas com cartão de crédito (20%) e de débito (19%), que antes lideravam as operações.
Os números apontam também que o boleto bancário segue em baixa e agora responde a 11% das transações. O ranking mostra, ainda, o uso de cartão pré-pago (9%) e de débito direto (9%), além de cheque e transferências interbancárias, que ficam abaixo dos 2%.
Outros levantamentos já apontaram o Pix como o meio de pagamento favorito do brasileiro. Inclusive, isso até acelerou o processo de encerramento dos DOCs, previsto para 2024, pois essa modalidade de transferência que se tornou bem obsoleta.
Ainda conforme o Banco Central, a popularização do Pix também aumentou a quantidade de pagamentos feitos entre pessoas por meios que não são via dinheiro em espécie. O baixo custo e a facilidade de uso são tidos como os maiores atrativos para o uso do Pix.
O Pix foi lançado no final de 2020 e vem sendo aprimorado com melhorias de segurança para evitar fraudes desde então. O sistema já chegou até a ser considerado o segundo maior meio de pagamentos instantâneos do mundo.
“A evolução da quantidade de transações por meio do Pix demonstra que esse instrumento teve importante papel no significativo aumento na quantidade de transações do ecossistema de pagamentos como um todo, proporcionando a participação de pessoas que nunca haviam realizado transferências”, disse o chefe do Departamento de Competição e Estrutura do Mercado Financeiro (Decem), Angelo José Mont Alverne Duarte.