Nesta segunda-feira (18) o Ministério da Educação autorizou a expansão de 140 vagas anuais para os cursos de graduação, em medicina, da Yduqs, dona da Estácio, nos campos de Quixadá (CE) e Açailândia (MA). O aumento faz parte do programa Mais Médicos, que busca estimular a formação de profissionais no interior do Brasil, elevando a oferta anual do grupo de 1.586 para 1.726 vagas.
O Ceará é o estado que irá concentrar a maior quantidade de oportunidades, com a oferta de 100 vagas; outras 40 serão direcionadas ao Maranhão, regiões nas quais o Instituto de Educação Médica (Idomed) – marca de medicina da Yduqs – opera desde 2021. A autorização, feita de forma imediata, já conta com ciclos de captação neste primeiro semestre.
De acordo com a Yduqs, seu desempenho no ciclo de autorização do Mais Médicos teve um índice de aproveitamento de 72% do máximo previsto em edital, contra 37% do mercado. O resultado decorre da estratégia de alocação de capital, que privilegia localidades com disponibilidade de leitos.
Para Dyogo Patriota, assessor jurídico da ABRUC (Associação das Universidades Comunitárias), o edital n°1/2023, que se refere à iniciativa do Governo Federal, abriu a concorrência para os Big Players, orientando o futuro da educação superior e seus estudantes. “Cercado de polêmicas, o edital deu início a uma batalha judicial contra a Administração Pública que, supõe-se, teria adotado métricas que visivelmente beneficiam os conglomerados empresariais”.
Patriota ainda complementa que quando olhado isoladamente, não há problema nenhum no aumento de vagas da YDUQS, mas quando analisado em conjunto, a questão ganha grande estranheza. “Depois de tantos meses sem publicações de aumentos de vagas, com tantas IES com os processos administrativos já concluídos e que esperam apenas uma decisão administrativa do MEC, a Administração Pública beneficia justamente os Big Players. Como dito, é uma conduta pública estranha e que merece averiguação”, finaliza.