Marisa vai fechar 91 lojas, mas as da PB são preservadas
18 de maio de 2023
Redação

O CEO da Marisa, João Pinheiro Nogueira Batista, confirmou a empresa que vai fechar 91 lojas físicas da sua rede até o fim de 2023. O número representa mais de 27% das 334 unidades que a rede possuía em janeiro deste ano.

Na Paraíba, a Marisa tem cinco lojas: três em shoppings de João Pessoa, e duas em Campina Grande. Todas continuarão funcionando. Até agora não houve qualquer comunicado de fechamento e uma dessas unidades paraibanas.  

De acordo com as informações divulgadas pela companhia, quatro dessas 91 lojas já foram fechadas. Todas essas unidades seriam deficitárias, ou seja, dão prejuízo para a companhia. A operação deve representar um aumento de R$ 62 milhões no lucro da companhia.

Um dos pilares da reestruturação é o corte de despesas gerais e administrativas, que deve chegar a R$ 51,8 milhões, de acordo com a empresa. Desse valor, cerca de 62% serão referentes à revisão de estrutura (como pessoal e lojas). Entre março e abril, foram fechadas 25 unidades das 91 previstas, de um total de 33

O plano de recuperação do grupo inclui ainda redução de despesas no total de R$ 52 milhões, sendo R$ 32 milhões de uma revisão interna, R$ 9 milhões de cargos de gestão e R$ 10,5 milhões de revisão de atividades

Só entre março e abril de 2023, foram 25 lojas fechadas. Em maio e junho, serão encerradas mais 33 unidades. A companhia ainda destaca que o lucro das vendas no varejo cresceu 1,3% e passou dos R$ 440 milhões no primeiro trimestre de 2023, “mesmo com o fechamento de 14 lojas nos 12 meses anteriores”.

A administração da empresa também afirmou que reduziu em 37% as promoções no 1º trimestre deste ano, refletindo em parte do ganho de margens registrado no período. O repasse de preços médios no último trimestre, por sua vez, ficou em 14,3%.

Além do fechamento das lojas, a varejista anunciou a criação de um comitê de Estratégia, Turnaround e Finanças, assim como o de acompanhamento do MBank — braço financeiro do grupo que recebeu um aporte de R$ 90 milhões pelos acionistas controladores —, a eleição de um novo membro independente para o Conselho, e a criação de um Programa de Otimização de Despesas Gerais e Administrativas, com meta de redução de R$ 50 milhões por ano.

No total, a empresa estima que a reorganização some redução de R$ 51,8 milhões em despesas gerais e administrativas, segundo apresentação realizada na teleconferência.

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