O Índice de Pobreza Multidimensional não Monetário (IPM-NM) da Paraíba caiu 59,2% em 2017-2018, em comparação a 2008-2009. A informação é do módulo Evolução dos Indicadores Não Monetários de Pobreza e Qualidade de Vida no Brasil com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), divulgado nesta sexta-feira (25), pelo IBGE. A publicação integra as estatísticas experimentais do Instituto e retrata a evolução da pobreza e da vulnerabilidade noBrasil, a partir da análise de cerca de 50 indicadores, distribuídos entre seis dimensões:
Moradia;
Acesso aos serviços de utilidade pública;
Saúde e alimentação;
Educação;
Acesso a serviços financeiros e padrão de vida;
Transporte e lazer.
Conforme o estudo, que considera que, quanto maior o índice, maior o nível de pobreza que uma sociedade experimenta, o IPM-NM paraibano era de 10,3, em 2008-2009, e passou a ser de 4,2, em 2017-2018. Apesar da expressiva redução, o índice era o 8º maior do país, nos últimos anos investigados, acima da média do Brasil (2,3) e somente um pouco abaixo da do Nordeste (4,3). Além disso, a pesquisa utilizou a avaliação daquelas dimensões para identificar o universo de pessoas com algum grau de pobreza. Na Paraíba, cerca de 38,4% da população tinha algum grau de pobreza multidimensional, em 2017-2018, o que também aponta para um recuo frente a 2008-2009 (64,4%). A proporção estadual foi maior que as observadas nas médias nacional (22,3%) e regional (38,2%). Foi considerado que estavam em situação de pobreza aquelas pessoas que apresentaram privações de qualidade de vida equivalentes a pelo menos duas dimensões inteiras.
Outro índice avaliado foi o de Vulnerabilidade Multidimensional não Monetário (IVM-NM) que, no estado, caiu de 19,7 para 12,1, no período investigado. Mesmo com a redução de aproximadamente 38,6%, o resultado estadual foi o 8º maior do país, ficando acima da média brasileira (7,7) e um pouco abaixo da média da região (13,7).
Por sua vez, a proporção de pessoas que viviam, no estado, com algum grau de vulnerabilidade multidimensional, que era de 91,1% em 2008-2009, passou a ser de 81,2%, em 2017-2018. O percentual foi superior ao verificado na média do país, de 63,8%. Para a pesquisa, a vulnerabilidade existe nos casos em que foram detectadas privações equivalentes a, pelo menos, o tamanho de uma dimensão inteira, ou seja, metade da exigência para a classificação na situação de pobreza multidimensional.
Peso das dimensões nos índices
Os resultados também mostram os impactos de cada uma das dimensões nos dois índices da Paraíba.
No IPM-NM, as que tiveram maior peso foram acesso a serviços financeiros e padrão de vida (19,2%) e educação (17,6%). O mesmo ocorreu com o IVM-NM, com pesos de 19,5% e 18,6% para as mesmas dimensões, respectivamente.