Geração Z gasta mais com vestuário, aponta OLX
7 de fevereiro de 2024
Redação

Pesquisa da OLX, uma das maiores plataformas de compra e venda online de itens usados e seminovos do país, realizada com jovens da Geração Z, concluiu que consumidores dessa faixa costumam gastar especialmente com itens de vestuário, categoria apontada por 67% dos participantes, seguido de Moda e Beleza (58%) e Itens para a Casa (45%).

O levantamento também aponta que 83% dos respondentes já comprou ou vendeu produtos usados, sendo os eletrônicos os mais vendidos (48%) ou adquiridos (46%), com vestuário vindo em seguida, tanto nas vendas (40%) como nas compras (38%). Móveis é o terceiro tipo de usados mais vendido pela Geração Z (22%); e divide a posição com eletrodomésticos quando se trata de aquisição, com 27% das respostas.

O estudo entrevistou jovens entre 18 e 30 anos de todo o país, sem distinção de classe social, gênero ou região. Foi adotada apenas uma cota de 28% da base reservada exclusivamente àqueles que se identificam como LGBTQIA+. Além de avaliar as preferências de consumo, o levantamento mensurou os valores relacionados à sustentabilidade.

“A pesquisa da OLX visa contribuir com alguns indicadores importantes referentes aos anseios e hábitos de consumo da Geração Z. A grande aceitação aos apps como canais online para compras, por exemplo, mostra o quanto é importante investir nesse formato de experiência de compra. Já na questão de sustentabilidade, como uma plataforma que fomenta o comércio de produtos de segunda mão há 13 anos, nos satisfaz visualizar que os benefícios desse mercado já são mais compreendidos por esse público. Por outro lado, a conscientização sobre a importância da economia circular ainda precisa ser mais expandida”, afirma a Diretora Geral da OLX, Regina Botter.

#PartiuCompras

A maioria dos respondentes costumam comprar um produto toda semana. Num acumulado, mais de 80% dos respondentes costuma fazer compras pelo menos mensalmente. Já apenas 18% da base costuma adquirir produtos em dois meses ou mais.

Dentre os entrevistados da Geração Z, 67% costumam comprar itens de vestuário, além de moda e beleza (58%) e itens para casa (45%). Artigos para pet e eletrodomésticos quase alcançaram a mesma porcentagem de respostas, com 34% e 32%, respectivamente.

Os critérios mais apontados como mais fundamentais para uma compra são preços (86%), qualidade (79%) e necessidade (73%).

Dentre os itens visualizados como os mais importantes atributos de uma marca, a qualidade foi apontada com unanimidade (100%), além de preço dos produtos (83%) e preço do frete (66%). Mais de 50% dizem que o prazo de entrega dos produtos é importante e 39% citam a experiência de compra e venda no site ou no app.

O estudo também aponta que 84% avaliam ser o preço o fator primordial ao escolher uma plataforma para compras. Os valores dos fretes (70%) e a velocidade na entrega (64%) aparecem na sequência como os critérios favoritos.

Quase metade dos respondentes (47%) disse que sua forma de pagamento mais utilizada é o cartão de crédito, seguido do Pix (39%). Boleto e dinheiro físico foram os menos citados, com 3% e 4%, respectivamente.

Quase 40% dos respondentes da Geração Z afirma que ainda prefere fazer suas compras de maneira presencial. Porém, mais da metade (52%) é indiferente a essa questão, consumindo nos dois espaços. Já os que preferem apenas no meio online representam 10% das respostas. No recorte para a Região Sudeste, o percentual sobe para 41%, e no Sul, 38%.

Ao avaliar os respondentes que se declararam LGBTQIA+, o cenário muda: a maioria (42%) prefere fazer compras online, enquanto 13% gosta da modalidade física.

Quanto aos canais online, a compra por aplicativo possui grande presença nas respostas, representando 76% da preferência dos participantes da Geração Z. Já 21% preferem comprar pelos sites, enquanto 3% o fazem pelas mídias sociais.

Produtos usados

Além da liderança dos eletrônicos (46%), os produtos de vestuário (38%) e eletrodomésticos (27%) foram os artigos de segunda mão mais comprados pelos participantes.

Os preços foram o principal motivo para comprar um produto usado, segundo 83% dos respondentes. A possibilidade de negociação dos valores foi uma vantagem apontada por 34%, seguido pelo acesso a itens vintage ou descontinuados (22%). A preocupação com o meio ambiente foi o quarto benefício mais apontado (21%).

Dos que compraram produtos usados, 56% com certeza voltaria a comprar, 35% provavelmente o fariam, somando 91% das respostas.

Ao serem perguntados se associam a compra de itens de segunda mão com sustentabilidade, mais de 60% dos respondentes acredita que a prática de comprar produtos usados é benéfica para o meio ambiente. Já 30% afirma nunca ter pensado sobre isso. Já 7% acredita que não faz diferença.

Os respondentes da população LGBTQIA+, acreditam que a compra de usados é benéfica para o meio ambiente e chega a 80%, sendo 20 pontos percentuais a mais do que a média geral.

Gastos

A maioria (41%) disse que gastou mais de R$ 500,01 em produtos/serviços online nos últimos 6 meses. Já 28% investiu entre R$ 100,01 e R$ 300. Apenas 3% respondeu não ter gasto nada nos últimos seis meses.

Geração que vende

A pesquisa também perguntou aos entrevistados se eles venderam produtos nos últimos seis meses; 45% disse não ter vendido nada no período. Dos que comercializaram, a maioria vendeu vestuário, categoria apontada por 28% dos respondentes, seguido de eletrônicos (22%), higiene e beleza, com 21%.

Geração Z também desapega

Cerca de 83% dos entrevistados da Geração Z afirmam terem vendido algum produto usado, ao passo que mais de 10% disse não ter vendido, mas se interessa em vender. Apenas 7% não possuem interesse em vender artigos de segunda mão.

Além dos eletrônicos, que somam quase metade das vendas, os itens usados mais comercializados pelos jovens participantes da pesquisa também foram vestuário (40%), móveis (22%) e eletrodomésticos (20%).

Responsabilidade ambiental

O estudo também avaliou o quanto os consumidores da Geração Z associam compras e sustentabilidade. Segundo a pesquisa, 61% nunca deixaram de consumir uma marca por saber que ela não é tão responsável ambientalmente, contra 39% dos que optaram por marcas mais sustentáveis. Entre os jovens nordestinos, essa porcentagem chega a 45%.

De maneira acirrada, 51% dos usuários ainda disseram preferir pagar mais barato por um produto, mesmo que a marca não tenha a mesma responsabilidade ambiental. O Centro-Oeste é a região com o maior percentual de jovens que apontaram essa resposta, representando 63%.

Já 49% preferem desembolsar mais por um produto de uma empresa mais comprometida com a causa. A Região Norte apresentou o maior percentual de dispostos a essa atitude, com 69%, seguido dos jovens do Nordeste, com 52%.

Dentre os jovens brasileiros que topariam bancar o custo extra em prol da sustentabilidade, a maioria aceitaria pagar até 10% a mais pela compra, o que representa 35% das respostas.

Geração Z e economia circular

A economia circular é um conceito que 52% dos entrevistados disseram já ter ouvido falar. Destes, 22% já são familiarizados com o conceito. Porém, 48% dos participantes da Geração Z dizem nunca ter ouvido falar da iniciativa.

Dos que conhecem, em relação às atitudes voltadas para esse conceito, 76% dos jovens respondentes costumam doar vestuário e calçados, 45% preferem comprar produtos usados, o mesmo percentual de quem troca os seus itens de segunda mão por outros.

Frete Neutro

Quase 70% dos respondentes afirmaram nunca ter ouvido falar do conceito de Frete Neutro. Essa porcentagem é mais alta no Sul, o que representa 75%.

Do outro lado, 32% dos jovens brasileiros afirmam já conhecer a iniciativa, sendo o Centro Oeste a região com o maior percentual (37%).

Apesar da alta porcentagem de respondentes que desconhecem o Frete Neutro, a maioria vê sentido em sua adoção. A pesquisa aponta que 67% dos entrevistados seriam adeptos a essa prática, mesmo que fosse com a condição de ser um valor acessível, preferencialmente entre 4,51 e 5 reais (20% das respostas).

Já dentre os que não apoiam o Frete Neutro, 22% afirmaram que provavelmente não adotariam a ideia para não gastarem mais, enquanto 11% não aceitaria de forma alguma.

Perfil dos entrevistados

O estudo entrevistou 300 pessoas de todo o Brasil, em parceria com a MindMiners. O público é composto por 52% de mulheres e 48% homens, nas faixas etárias entre 18 e 30 anos. O estudo abrange as cinco regiões do país: Sudeste (48%), Nordeste (23%), Sul (15%), Centro-Oeste (6%) e Norte (8%).

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