Especialista explica fase ruim da Intel
5 de setembro de 2024
Redação

A Intel, uma das maiores empresas de semicondutores do mundo, teve a chance de investir na OpenAI durante seus primeiros anos, mas optou por não seguir adiante. Segundo especialistas, essa decisão agora é vista como uma oportunidade perdida, considerando o crescimento exponencial da OpenAI e o impacto do ChatGPT no mercado de inteligência artificial.

De acordo com um estudo da McKinsey & Company realizado ainda em 2018, o mercado de IA deve movimentar mais de US$ 13 trilhões até 2030. Esse crescimento é impulsionado por avanços tecnológicos e pela adoção generalizada de ferramentas de IA em diversos setores. A chance perdida por quem ficou de fora dos investimentos logo se tornou clara: com menos de dois meses de existência, o ChatGPT ultrapassou a marca dos 100 milhões de usuários e se tornou o app com o crescimento mais rápido da história.

A Intel, por outro lado, vive um dos pontos baixos de sua história. Seu antigo domínio na indústria de chips ficou no passado devido a uma série de erros. As ações da empresa caíram ainda mais após os resultados desanimadores do primeiro trimestre de 2024, tendo o pior desempenho no S&P 500 este ano, enquanto a Nvidia é a segunda melhor. Embora a Intel continue sendo a maior fabricante de processadores para PCs e laptops, as vendas estão abaixo das estimativas. 

Alan Nicolas, especialista em IA para negócios e fundador da Academia Lendár.I.A, destaca a relevância da decisão inicial da empresa de não investir na inteligência artificial, hoje provando-se uma grande chance desperdiçada e o motivo de perdas econômicas. “Ao não investir na OpenAI, a Intel deixou de se posicionar em um mercado em ascensão, permitindo que outras empresas tomassem a dianteira. Esse erro estratégico resultou em uma perda de competitividade em um dos setores mais promissores da atualidade”, avalia.

Concorrência capitaliza com o crescimento da IA

Enquanto a Intel deixava a oportunidade passar, concorrentes como Nvidia, AMD e Qualcomm aproveitaram o crescimento da inteligência artificial. A Nvidia, em particular, se tornou líder no fornecimento de GPUs para treinamento de modelos de IA, enquanto a AMD e a Qualcomm têm expandido suas ofertas para atender à crescente demanda por processamento de IA em dispositivos móveis e servidores.

Os números comprovam essa ascensão. O mercado desse tipo de chips vem sendo impulsionado pelo aumento da demanda e espera-se que se torne uma indústria de US$ 300 bilhões em dez anos, representando um aumento de 1.000% em relação a 2024. De forma impressionante, a Nvidia é hoje dona de 80% dessa fatia do mercado.

Alan Nicolas aponta que a ausência da Intel neste cenário colocou a empresa em uma posição desvantajosa, especialmente à medida que a demanda por soluções de IA se intensifica. “Empresas de todos os setores estão buscando integrar a inteligência artificial em suas operações, e a dependência de hardware especializado tornou-se indispensável para atender a essas necessidades”, pontua.

Estratégias futuras da Intel

Para tentar recuperar seu espaço no setor de IA, a Intel tem investido em parcerias e desenvolvimentos internos. A empresa anunciou planos de reforçar sua linha de produtos voltados para IA, com foco em melhorar a eficiência de seus chips e oferecer soluções mais competitivas. No entanto, a falta de um investimento inicial em startups promissoras como a OpenAI pode representar um obstáculo difícil de superar. 

Para uma empresa que sempre foi vista por seu potencial visionário e por estar na vanguarda da tecnologia, a decisão de não investir em inteligência artificial no início dessa revolução é vista como uma análise falha do cenário atual. Este não foi o caso para outros investidores de grande porte, como Elon Musk, que foi um dos fundadores da OpenAI, mas deixou o conselho em 2018; e a Microsoft, que investiu bilhões de dólares na empresa e integra essas tecnologias em seus produtos, como o Bing e o Azure.

Mas nem tudo está perdido. Segundo Alan Nicolas, o futuro da Intel no mercado de IA depende de sua capacidade de inovar rapidamente. “A Intel precisará adotar uma abordagem mais agressiva, buscando novas parcerias e tecnologias emergentes para compensar o tempo perdido. A inovação contínua será essencial para que a empresa possa recuperar sua relevância nesse setor”, conclui.

Sobre Alan Nicolas

Empresário, referência no mercado digital e especialista em IA para negócios, Alan Nicolas está redefinindo como pessoas e empresas interagem e se beneficiam da inteligência artificial na vida cotidiana. Sua habilidade em construir e liderar empresas rumo ao sucesso reflete sua visão de que a tecnologia, quando usada corretamente, pode ser uma poderosa alavanca para crescimento pessoal, profissional e financeiro.

Fundador da Academia Lendár.I.A, Alan se destaca por sua abordagem focada em fundamentos. Ele acredita firmemente que a compreensão profunda dos princípios básicos é essencial para maximizar o potencial da inteligência artificial. Para ele, não se trata apenas de dominar as ferramentas tecnológicas, hacks ou atalhos, mas de entender os alicerces sobre os quais essas ferramentas são construídas e principalmente como aplicá-las de forma inteligente no nosso dia a dia.

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