Cesta básica tem queda de 0,37% em João Pessoa, entre abril e maio
6 de junho de 2023
Redação

Entre abril e maio, o valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu em 11 das 17 capitais onde o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos. As quedas mais importantes ocorreram em Brasília (-1,90%) e Campo Grande (-1,85%). As altas foram observadas em Salvador (1,42%), Curitiba (1,41%) e Belém (1,37%).

Em maio de 2023, o custo da cesta básica da cidade de João Pessoa apresentou uma queda de -0,76% em relação a abril. Com um valor de R$ 580,95, a cesta da capital pessoense possui o segundo menor custo entre as cidades analisadas. Em comparação com maio de 2022, a cesta aumentou 2,34%. Já no acumulado do ano a alta é de 3,40%.

Entre abril e maio de 2023, cinco produtos tiveram aumento nos preços médios: açúcar refinado (4,46%), arroz agulhinha (3,58%), manteiga (1,68%), carne bovina de primeira (1,47%) e leite integral (0,32%). Outros sete bens apresentaram diminuição no preço médio: óleo de soja (-6,79%), tomate (-5,27%), feijão carioquinha (-4,91%), pão francês (-0,57%), café em pó (-0,54%) e farinha (-0,25%).

Em maio de 2023, o trabalhador de João Pessoa, remunerado pelo salário mínimo de R$ 1.320,00, precisou trabalhar 96 horas e 50 minutos para adquirir a cesta básica. Em abril, quando o piso era ainda de R$ 1.302,00, necessitou de 98 horas e 55 minutos. Em maio de 2022, quando o salário mínimo era de R$ 1.212,00, foram demandadas 103 horas e 02 minutos.

Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o mesmo trabalhador precisou comprometer, em maio de 2023, 47,58% da remuneração de R$ 1.320,00 para adquirir a cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês. Em abril, o percentual gasto foi de 48,61%. Já em maio de 2022, o trabalhador comprometia 50,64% da renda líquida.

O Dieese-PB também registra a evolução do preço médio do cuscuz e do ovo em João Pessoa, importantes insumos alimentares presentes nos hábitos nutricionais dos paraibanos. Em maio de 2023, o custo médio do pacote de 500g do cuscuz foi de R$ 1,96, média inferior ao mês de abril (-1,79%) cujo preço era de R$ 2,00. Foi possível constatar para esse item um preço máximo de R$ 3,59 e um valor mínimo de R$ 1,49. O preço da bandeja de ovo com 30 unidades registrou um custo médio de R$ 22,67 em maio, um aumento de 2,65% em relação ao preço de março que foi de R$ 22,08. Verificou-se um
preço máximo de R$ 30,99 e um valor mínimo de R$ 18,90 nesse item.

São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 791,82), seguida de Porto Alegre (R$ 781,56), Florianópolis (R$ 765,13) e do Rio de Janeiro (R$ 749,76). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 553,76), João Pessoa (R$ 580,95) e Recife (R$ 587,13).

A comparação dos valores da cesta, entre maio de 2022 e maio de 2023, mostrou que 14 capitais tiveram aumento de preço, com variações que oscilaram entre 0,98%, em Aracaju, e 7,03%, em Fortaleza. Outras três cidades apresentaram queda: Recife (-1,47%), Curitiba (-1,38%) e Florianópolis (-0,90%).
Nos cinco primeiros meses do ano, o custo da cesta básica aumentou em 11 capitais, com destaque para as taxas de Aracaju (6,28%), Belém (4,75%) e Salvador (4,14%). As quedas variaram entre -4,24%, em Belo Horizonte, e -0,40%, no Rio de Janeiro.

Com base na cesta mais cara, que, em maio, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.

Em maio de 2023, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.652,09 ou 5,04 vezes o mínimo reajustado para R$ 1.320,00. Em abril, o valor necessário era de R$ 6.676,11 e correspondeu a 5,13 vezes o piso mínimo, que era de R$ 1.302,00. Em maio de 2022, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.535 ,40 ou 5,40 vezes o valor vigente na época, que era R$ 1.212,00.

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