Os brasileiros que viajam para o exterior estão usando cada vez menos o cartão pré-pago internacional como meio de pagamento. Entre junho de 2022 e junho de 2023, a utilização do “travel money” recuou 21,49%.
É o que mostra a pesquisa sobre câmbio turismo realizada pela B2Gether, empresa especializada em intermediar transações internacionais. Os dados foram extraídos do site do Banco Central e mostram uma mudança importante no comportamento financeiro dos turistas.
De acordo com Rafael Bertolete, Business Relation Manager da B2Gether, essa queda no uso do cartão pré-pago não é isolada, tem relação com o boom na oferta das contas globais em moeda estrangeira.
“O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) menor e a cotação comercial são os grandes fatores que têm levado os turistas a preferirem a conta internacional em detrimento do cartão pré-pago. É claro que o cartão pré-pago continua sendo um recurso importante e muito útil, mas pelo IOF ser mais caro, acaba ganhando um concorrente de peso”, explica o especialista.
Segundo a edição anterior da pesquisa feita pela empresa, o uso de cartão pré-pago em 2022 já havia sido o menor dos últimos quatro anos em relação às viagens internacionais.
“Dinheiro vivo” ainda é dominante
Ainda de acordo com o levantamento da B2Gether, entre as operações de câmbio turismo registradas pelo Banco Central, as compras e vendas envolvendo moeda em espécie ainda são dominantes.
Do total de transações (2.758.901) computadas no primeiro semestre deste ano, 94,2% (2.601.281) foram em “dinheiro vivo” e 5,71% (157.620) foram em cartão pré-pago internacional.