Não há dúvidas que as agraciadas do mês merecem toda atenção e homenagens. E é para demonstrar todo o carinho por elas que 69,35% dos paraibanos afirmam que pretendem presentear as mães no seu dia neste mês de maio. A Pesquisa realizada pelo Instituto de Planejamento, Estatística e Desenvolvimento (INDEP) da Fecomércio Paraíba mostra que a grande maioria está otimista e irá continuar a tradição de dar presentes nesta data, que é considerada a mais importante para o comércio neste primeiro semestre.
“Podemos atribuir esse bom resultado, em parte, ao aumento do nível de emprego com carteira assinada, a redução da inflação nos dois últimos meses desse ano e aos saques aniversários das contas do FGTS dos trabalhadores. Esses fatores contribuíram para tornar os consumidores mais otimistas, e parte desse otimismo pode ser destinado às compras dos presentes do Dia das Mães”, destacou o Presidente da Fecomércio Paraíba, José Marconi Medeiros.
Como nos anos anteriores, os itens de vestuário serão os mais procurados pelos filhos (26,77%). Os perfumes (24,19%) aparecem em segundo lugar, seguidos pelos eletrodomésticos e eletroeletrônicos (13,23%). Dentre estes, os mais citados foram os smartphones, apontados por 24,39% dos respondentes. Na lista dos presentes ainda aparecem: fogão (12,20%), máquina de lavar roupa e liquidificador, cada com 9,76% das intenções de compra. Outros produtos também foram citados, a exemplo de calçados (11,94%), bolsas (4,84%), cosméticos (4,52%), móveis (3,87%) e joias e bijuterias (3,55%).
Se a maioria dos filhos querem presentear com roupas, as mães, este ano, preferem ganhar eletrodomésticos/eletroeletrônicos (27,94%), sendo que destes, os smartphones foram os mais citados (26,32%), seguidos por fogão (13,16%), máquina de lavar, televisão e micro-ondas, com 10,53% cada.
Os filhos pretendem gastar uma média de R$213,83 nas compras, valor superior em 6,53% quando comparado a 2022 (R$200,72). A maior parte dos entrevistados (37,10%) deve comprar presentes com valores até R$ 100, e 29,35% pretendem gastar entre R$101 e R$200. Já os presentes com valores acima de R$800 foram informados por 7,10% do total.
Quanto à forma de pagamento, a maioria (55,16%) pretende comprar à vista. Destes, 50,29% pretendem utilizar o dinheiro em espécie; 29,82% pretendem pagar através de pix. Os que querem utilizar débito em conta aparece com um percentual de 19,88%. Já entre os que optarão por pagar a prazo (44,52%), 99,28% irão usar o cartão de crédito. Os entrevistados pretendem economizar na hora da compra: 59,35% querem fazer pesquisa de preço, 21,29% desejam comprar presentes com preços mais baixos, 17,10% vão comprar no local que a mãe escolher e 6,13% pretendem comprar os presentes em conjunto com os familiares.
Sobre o local das compras, 47,10% dos entrevistados pretendem adquirir os presentes nos shoppings centers, devido à diversidade de produtos, ao conforto e à segurança que estes estabelecimentos oferecem. Já para 33,87%, os locais escolhidos para as compras serão as lojas do centro. As compras pela internet aparecem em 3º lugar, citadas por 18,39%. Para escolher o local de compras, os consumidores irão considerar: local onde os preços estiverem melhor (42,26%), qualidade dos produtos oferecidos (28,39%), acessibilidade (21,94%), atendimento (20,97%), conforto (12,58%) e promoções (10%).
Perfil do consumidor
Ao traçar o perfil dos entrevistados, verificou-se que as mulheres representam a maioria, com 59,51%. Do total, 53,24% dos entrevistados são solteiros, seguidos por 39,60% casados ou vivem em união estável, depois aparecem os divorciados (5,59%) e os viúvos (0,89%). No que condiz à faixa etária destes consumidores, a maioria possui entre 26 e 36 anos (31,99% do total), e 25,73% possuem idades entre 18 e 25 anos. Já em relação à escolaridade, 46,53% concluíram o ensino médio, seguidos por 23,71% que possuem ensino superior completo.
De acordo com a pesquisa, o maior número de entrevistados possui renda mensal entre um e dois salários mínimos, representando um percentual de 33,78%. Em seguida, encontram-se os consumidores com rendimento de até um salário mínimo (33,11%) e superior a seis salários (3,36%). Ainda no que condiz à faixa de renda, 11,41% dos consumidores afirmaram não possuir rendimentos (representando os que não têm ocupação remunerada ou estão fora do mercado, são dependentes financeiros dos cônjuges ou estudantes).
Em relação à situação financeira, a maior parte dos entrevistados (48,77%) afirmou que a situação financeira permaneceu semelhante a que tinha no ano passado. Já para um grupo de 29,08% a situação financeira está melhor este ano. Destes, 66,92% afirmaram ter recebido reajuste salarial ou aumento nas comissões sobre vendas. Já um grupo de 16,92% de entrevistados conseguiu quitar dívidas.
Metodologia
A pesquisa foi realizada no período de 24 a 28 de abril de 2023, com consumidores que residem na Região Metropolitana de João Pessoa. No total, foram aplicados 447 questionários devidamente estruturados, com entrevistas realizadas em pontos onde ocorrem as maiores concentrações de vendas na Região Metropolitana de João Pessoa. Os entrevistados foram escolhidos de forma aleatória, sendo necessário ter idade igual ou superior a 18 anos. Para que o trabalho apresentasse resultado satisfatório foi calculado um erro amostral de 4,62% e o índice de confiança de 95%.