A variante XBB.1.16 do coronvírus, conhecida como Arcturus, já foi identificada no Brasil, na capital paulista.
Pelo menos 6 em cada 10 mães brasileiras (66%) relatam que já atrasaram a vacinação dos filhos ou deixaram de imunizá-los por motivos como falta de tempo, distância entre sua casa e o local da aplicação, perda da carteirinha ou dificuldades para lembrar das datas das doses.
Os dados são de uma nova pesquisa conduzida pelo Instituto Locomotiva, com a participação de 2 mil mães de crianças e adolescentes com idade até 15 anos. O levantamento, que contempla entrevistadas de todas as regiões do país, também indica o quanto a compreensão do calendário de vacinação infantil pode ser desafiadora para as mães.
Apesar dos vários avanços em três anos de pandemia, uma das falhas do país ainda está no avanço lento da vacinação contra a Covid-19 entre crianças e bebês , de acordo com a médica infectologista Luana Araújo.
“Nossas crianças não conseguem ser vacinadas como merecem e como têm o direito, e isso se deve à ignorância, à falta de informação”, disse ela em entrevista à CNN nesta domingo (12). Luana foi uma das profissionais que falaram à CPI da Covid no Congresso em 2021.
Crianças não vacinadas são mais propensas a desenvolver sintomas graves de Covid-19, representando 90% dos casos moderados a graves da doença entre o público pediátrico. Os dados são de um estudo publicado no periódico International Journal of Infectious Diseases.
A pesquisa revela ainda que na ausência da imunização elas liberam partículas virais por mais tempo, fator que influencia na transmissão do coronavírus.
O Ministério da Saúde lançou um Movimento Nacional pela Vacinação. A iniciativa prevê ações para ampliar as coberturas de todas as vacinas disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).
O presidente também confirmou no dia 06 de feveireiro que a vacinação de crianças será obrigatória para famílias que se inscreverem no Bolsa Família, assim como a presença escolar.
“O Bolsa Família volta com uma coisa importante: condicionantes. Primeiro, as crianças até 6 anos de idade vão receber R$ 150 reais a mais; segundo; as crianças têm que estar na escola, senão a mãe perde o auxílio; terceiro; a criança tem que ser vacinada, se não tiver atestado de vacina, a mãe perde o benefício; quarto, se a mãe tiver em estado de gestação, ela tem que fazer todos os exames que a medicina exige”, disse.
E a baixa vacinação contra pólio no Brasil, acende alerta para risco de volta da doença erradicada no país.
Doença popularmente conhecida como paralisia infantil.