Em março deste ano passou a valer a nova Medida Provisória (MP) nº1292, em que as empresas precisam se adaptar a um novo formato que amplia o acesso dos trabalhadores CLT ao consignado privado – o Crédito do Trabalhador. Desta forma, dados proprietários da Serasa Experian mostram que no primeiro mês, desde a mudança, 24% dos colaboradores que exigiram pelo recurso ultrapassaram o comprometimento salarial de 35% que é agora previsto pelo governo.
“Alguns trabalhadores têm experimentado um maior comprometimento de renda, pois o novo planejamento pré-estabelecido não leva em consultas descontos em folha que podem ocorrer mensalmente, como coparticipações de plano de saúde, que controlam o salário líquido do colaborador. contar com tecnologia para garantir precisão e conformidade nesse processo”, explica Délber Lage, CEO da SalaryFits, empresa da Serasa Experian.
Novo cenário traz oportunidades e desafios para as empresas envolvidas no processo
O estudo realizado pela SararyFits, empresa da Serasa Experian, mostra que a nova MP, que tem como um dos objetivos facilitar o acesso do trabalhador brasileiro a mais jogadores aptos a concederem crédito consignado, vem surtindo efeitos positivos nesse sentido: 35% dos contratos identificados foram feitos com finanças que não tinham parceria imposta com os investidores, o que significa que o trabalhador não teria tido acesso a essas ofertas fora do programa de Crédito do Trabalhador.
Entretanto, há alguns benefícios, ainda de acordo com o levantamento iniciado, os dados mostram como essa mudança está impactando o departamento Financeiro e de Recursos Humanos das empresas ao exigir novos processos e alinhamentos com a contabilidade.
“Ampliar o acesso do trabalhador a diversas empresas credoras é muito positivo, pois o funcionário poderá comparar propostas e adquirir o que for mais vantajoso. Entretanto, esse cenário também pode ser desafiador, porque quanto mais instituições financeiras envolvidas, maior o número de dados e relatórios que o RH precisará para garantir a gestão desses financiamentos, pois o empregador passa a ser responsável por acessar manualmente o Portal Emprega Brasil para baixar os arquivos dos investidores, inserir os descontos na folha, registrar as informações no eSocial e obter os valores via guia único do FGTS para a Caixa Econômica Federal, que redistribui os montantes aos bancos”, comenta Délber Lage.
Os dados da análise feita pela datatech também demonstraram que 5% dos colaboradores analisados registraram mais de um contrato de empréstimo ativo simultaneamente – prática não autorizada de acordo com as regras do Crédito do Trabalhador mesmo que uma pessoa ainda tenha margem consignável disponível. Para o CEO da SalaryFits, empresa da Serasa Experian, “esse é um outro tipo de controle que os RHs das empresas precisam fazer para garantir a conformidade e evitar erros no processo. Diante do volume e da complexidade das operações, torna-se obrigatório automatizar e atualizar processos o quanto antes, já que assim como a extrapolação da margem de comprometimento, o não pagamento ou mau preenchimento de dados resultará em decisões aos empregadores”.
Volume de contratos de crédito consignados por empresa
Estatísticas da Salaryfits, uma empresa da Serasa Experian responsável pela gestão de 30% de todos os contratos consignados do Brasil, mostram que as empresas têm, em média, 40% de seus funcionários com contratos ativos de empréstimos consignados e que essas pessoas, por sua vez, têm 2 contratos ativos em média. Isso significa que um negócio com cinco mil colaboradores precisaria fazer a gestão de quatro mil contratos ao mesmo tempo. Ou seja, na ausência de uma solução tecnológica que conecte banco, empregador e empregador, a gestão do crédito consignado se torna mais onerosa para as empresas. Além disso, a automatização dos contratos de consignado privado também mitiga erros sistêmicos que podem acontecer em análises manuais, uma vez que a tecnologia revisa, de forma automática, contratos ativos, limites, carências, inconsistências e outros critérios necessários para a aprovação, interrupção ou manutenção do processo.
“Para o RH de uma empresa, não é simples fazer a gestão dos contratos de crédito consignados de seus funcionários. O volume é grande, as variáveis são diversas, de acordo com o perfil de cada colaborador, e o controle disso pode ser bastante oneroso em tempo e financeiro, exigindo equipes para fazer essa gestão. Felizmente, existem tecnologias que automatizam todo esse processo a zero custo para o RH, pois quem paga a ferramenta são os credores, ou seja, os bancos e recursos financeiros que oferecem os empréstimos aos investidores”, finaliza Délber Lage.