11,8 mil paraibanos vivem em moradas coletivas
8 de setembro de 2024
Redação

Em 2022, na Paraíba, havia 11.837 pessoas que moravam em domicílios coletivos e, desse total, 9.532 (80,53%) eram homens e 2.305 (19,47%) eram mulheres. As informações foram divulgadas hoje (06) pelo IBGE, por meio da publicação “Censo 2022: Tipos de domicílios coletivos, improvisados, de uso ocasional e vagos”.

Formalmente, os domicílios coletivos são definidos na operação censitária como uma instituição ou estabelecimento onde a relação entre as pessoas que nele se encontravam, na data de referência, era regida por normas de subordinação administrativa.

Em relação à população total do estado recenseada em 2022 (3,97 milhões de pessoas), o percentual de moradores em domicílios coletivos paraibanos é de 0,3%, proporção inferior à média brasileira (0,4%), mas superior à nordestina (0,2%).

Entre os diversos tipos de domicílios coletivos existentes no estado, o que registrou o maior número de moradores em 2022 foi a categoria “Penitenciária, centro de detenção e similar”, onde residiam 7.627 pessoas, representando 64,43% do total de moradores em domicílios coletivos paraibanos. Dessas pessoas, 7.382 (96,8%) eram do sexo masculino, enquanto as demais 245 (3%) eram do sexo feminino. Cabe ainda ressaltar que embora a população da Paraíba represente 1,96% da população brasileira, o estado reúne apenas 1,58% do total nacional de moradores de penitenciárias e similares.

Em seguida, aparece a categoria “Asilo ou outra instituição de longa permanência para idosos”, com 1.767 pessoas, o que corresponde a 14,93% dos moradores de domicílios coletivos do estado e 1,1% do contingente brasileiro de moradores de asilos e similares. O contingente de moradores dos asilos era majoritariamente feminino, com 1.094 pessoas (61,8%); enquanto o grupo masculino era composto por 673 pessoas (38%). Esse resultado está alinhado à maior expectativa de vida das mulheres e à predominância delas na população mais idosa em geral.

O tipo “Orfanato e similar”, apesar de sua pequena participação (1,4%) no conjunto dos moradores de domicílios coletivos paraibanos, merece destaque por também ser habitado por uma maioria de mulheres, que representavam 54,1% do total de 170 pessoas que, em 2022, residiam nesse tipo de domicílio coletivo.  

Os demais tipos de domicílios coletivos paraibanos, todos habitados majoritariamente por homens, registraram números bem menores de moradores: “Hotel ou pensão”, com 382 moradores (3,2%); “Alojamento”, com 196 (1,7%); “Abrigo, albergue ou casa de passagem para população em situação de rua”, com 85 (0,7%); “Abrigo, casas de passagem ou república assistencial para outros grupos vulneráveis”, com 502 (4,2%); “Clínica psiquiátrica, comunidade terapêutica e similar”, com 325 (2,8%); “Unidade de internação de menores”, com 110 (0,9%); e “Quartel ou outra organização militar”, com 20 (0,2%). Já nas moradias do tipo “Outro domicílio coletivo”, que reúne todos os casos não contemplados pelas categorias anteriormente elencadas, havia 653 moradores (5,5%).     

A pesquisa mostra ainda que, na Paraíba, quase 71% dos moradores de domicílios coletivos tinham entre 20 e 49 anos de idade. O grupo etário mais representativo é o das pessoas de 30 a 39 anos de idade, com 2.946 pessoas (24,89%).  Outros 22% tinham idade acima de 50 anos e os demais 10,6% tinham 19 anos ou menos. Nas penitenciárias e similares, o grupo de idade mais comum era o de 20 a 29 anos, com 44,2% dos moradores, seguido das faixas de 30 a 39 anos (32,9%) e de 40 a 49 anos (14,7%). Já nos asilos para idosos, predominavam as faixas etárias mais velhas, o grupo de idade com maior participação sendo o de 80 anos ou mais, com 42,6% dos moradores, seguido pelos grupos de 70 a 79 anos (28,3%) e de 60 a 69 anos (15,1%).

Outra informação trazida na divulgação de hoje é a taxa de alfabetização das pessoas de 15 anos ou mais de idade residentes em domicílios coletivos. Sendo bastante relacionado à idade, com a população mais velha apresentando taxas inferiores às verificadas para a população mais jovem, esse indicador deve ser avaliado considerando o perfil etário diverso dos moradores dos diferentes tipos de domicílios coletivos. Por exemplo, a taxa de alfabetização dos moradores das penitenciárias do estado (85,8%), que ficou acima da população paraibana em geral (84%), está relacionada ao perfil etário muito jovem desses moradores. Por sua vez, para os moradores de asilos, foi registrada uma taxa de alfabetização bem reduzida (49,2%), o que deve ser analisado à luz do perfil etário bastante envelhecido desse contingente populacional.

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